quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Algumas das Finalidades do CAU (CAU Parte 2/2)


     Devido à frequentemente muitos arquitetos passar pela situação de ver um projeto seu copiado descaradamente por um "colega", e o ver passar impune; fazer um anteprojeto, o cliente desistir, e contratar outro profissional cobrando mais barato (arquiteto, técnico em edificações ou engenheiro) só para assinar, tomando como base para o projeto final, o seu partido; fez um edifício para uma construtora e ela replicou para outros terrenos, sem o pagar; entre outros casos, agora, talvez essa farra com as ideias alheias acabe. Para coibir essas ações, foi regulamentada a resolução sobre os direitos autorais em Arquitetura e Urbanismo. A norma considera que projetos, obras e demais trabalhos técnicos de criação são obras intelectualmente protegidas. Como usufruir desse direito, na prática?

     1º O registro dessas obras deverá ser requisitado junto ao CAU, que fará a análise dos pedidos. 
     2º A resolução especifica dois tipos de direitos autorais: os morais, relativos à autoria da obra intelectual; e os patrimoniais, que são os direitos de utilização da obra. Assim, projetos e outros trabalhos técnicos de criação somente podem ser repetidos com a concordância do autor. Quanto aos direitos morais, toda peça de publicidade ou placa que utilizarem um projeto ou obra devem especificar o nome do autor original.

     Será considerado plágio a cópia de ao menos dois dos itens abaixo:

- partido topológico e estrutural;
- distribuição funcional;
- forma volumétrica ou espacial, interna ou externa. 

     A resolução recomenda indenizações em casos de violação desses direitos. Talvez agora, essa prática recorrente de cópia descarada da ideia dos outros em arquitetura, mude! 

     Leia a resolução na íntegra, aqui: <http://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2012/07/RES-67DIREITOAUTORALAPROVADA25RPOFINAL.pdf >.


Fontes: <http://arquitetablog.blogspot.com.br/> <http://www.caubr.gov.br/>.

O que é o CAU? (CAU Parte 1/2)


     O Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) é uma entidade que fiscaliza tudo o que diz respeito à profissão de arquiteto e urbanista no Brasil. O projeto de lei da criação do conselho foi aprovado pelo Senado em 21 de dezembro de 2010 e foi sancionado pelo presidente em 31 de dezembro de 2010. Há um Conselho Nacional e vários outros específicos referentes a cada estado, neles todos os profissionais da área devem se associar.

     Sobre o desmembramento do CONFEA/CREA: eles, que foram instituídos em 1933, foram os órgãos que regulamentaram a profissão de arquiteto e urbanista no Brasil, com suas 27 unidades administrativas, coordenavam as classes das engenharias, da arquitetura e da agronomia. A comunidade de arquitetos veio pleiteando um conselho próprio há mais de 50 anos. Em 2007 o projeto de lei que visava à criação do CAU foi vetado pelo presidente Lula, porém cerca de um ano depois um novo projeto foi encaminhado à Câmara dos Deputados e em 31 de dezembro de 2010 o presidente Lula sancionou a Lei No 12.378/2010 criando o referido conselho.

     Seria inconcebível imaginarmos, no Brasil de hoje, conselhos ou ordens profissionais onde estivessem juntos médicos, enfermeiros, bioquímicos e veterinários, assim como os advogados, contadores e oficiais de cartórios sob a égide de uma única organização.

     Na América do Sul, o Brasil era o único país que não tinha sua instituição própria que regulamentasse a profissão dos arquitetos, fato anacrônico se considerarmos a expressividade da arquitetura brasileira. Brasília, com sua arquitetura única, obra dos arquitetos Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, é reconhecidamente uma das mais importantes realizações urbanística e arquitetônica do século XX.

     Arquitetura e Urbanismo formam um todo indissolúvel. O edifício se relaciona com o sítio e com o seu entorno: a rua, a praça, o bairro, a cidade e a região. Por outro lado, não pode existir urbanismo sem edificações, pois é a arquitetura que define, delimita e compõe o espaço público, a função dos logradouros e da própria cidade. Urbanismo sem Arquitetura não existe, pois as duas disciplinas se complementam e interdependem. O Conselho de Arquitetura e Urbanismo é o conselho de uma profissão unitária.

     Com o "Conselho de Arquitetura e Urbanismo" no Brasil, o CAU, seguramente os profissionais, as instituições e a sociedade são mais bem atendidos a suas demandas. 


Fontes: <http://www.portaldoarquiteto.com/blog/outros/2312> <http://www.caubr.gov.br/>.

Se os Renomeados Artistas Plásticos Fossem Arquitetos...


     Essa série de pôsteres, de autoria do arquiteto e ilustrador italiano Federico Babina brinca com a ideia de diversos artistas plásticos de fama e importância mundial projetarem edifícios. Cada pôster mostra um edifício, explorando a estética de artistas como Picasso, Andy Warhol ou Piet Mondrian, caso eles fossem arquitetos.

     Segundo o autor: “É muito fácil encontrar a arte escondida sob as formas da arquitetura ou mesmo a influência de um edifício sobre a composição de uma tela. É impossível pensar a história da arte sem pensar a história da arquitetura”.

     O resultado dessa exploração entre arquitetura e arte ficou bem interessante e divertido!

     A série se chama Archist, e pode ser conferida na íntegra aqui: <http://federicobabina.com/ARCHIST>.







Fontes: <http://arquitetablog.blogspot.com.br/> <http://federicobabina.com/ARCHIST>. 

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Os Melhores Cursos de Arquitetura e Urbanismo na Baixada Santista


     A Arquitetura tem como objetivo racionalizar o uso dos espaços urbanos, e para isso, trabalha os aspectos técnicos, os traços culturais, sociais e históricos de uma comunidade. O arquiteto tem como atribuições: conceber, planejar, executar, coordenar, gerenciar e fiscalizar projetos e obras de edifícios dos mais diversos setores atento ao custo, qualidade e manutenção, de acordo com especificações e regulamentos legais; planejar e requalificar espaços urbanos; restaurar e preservar o patrimônio histórico e arquitetônico; atuar em atividades de docência e pesquisa; desenvolver projetos de arquitetura de interiores; atuar ainda na programação visual, design e paisagismo.

     Mas é claro que nada disso é possível sem a ajuda de um bom curso, logo então o internauta que opta pela área tende a buscar pelas melhores Universidades indicadas pelo MEC independentemente de sua localidade. Mas para aqueles que querem uma boa especialização e não ir para muito longe de casa aqui nesse post separei os melhores cursos de Arquitetura na baixada santista.

     SENAC – Santos. Mais informações em: <http://www.sp.senac.br/jsp/default.jsp?template=971.dwt&testeira=1469&theme=150&type=NONE&unit=NONE>.

     UNIMONTE – Santos. Mais informações em: <http://www.unimonte.br/curso/graduacao/arquitetura-e-urbanismo>.

     UNIP – Santos. Mais informações em: <http://www3.unip.br/ensino/graduacao/tradicionais/exatas_arq_urbanismo.aspx>.

     UNISANTA – Santos. Mais informações em: <http://www.unisanta.br/Graduacao/Arquitetura_e_Urbanismo>.

     UNISANTOS – Santos. Mais informações em: <http://www.unisantos.br/portal/graduacao/arquitetura-e-urbanismo/>. 


segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Os Melhores Cursos de Arquitetura e Urbanismo em São Paulo


     Se você curtia montar mil coisas com lego ou sua parte favorita do jogo “The Sims” era projetar as casas dos personagens, talvez à profissão para você seja Arquitetura.

     Essa é a arte de projetar e organizar espaços internos e externos, de acordo com critérios de estética, conforto e funcionalidade. O arquiteto projeta e coordena a construção ou a reforma de prédios.

     O currículo do curso mescla disciplinas das Ciências Humanas e de Exatas. O primeiro semestre é bastante teórico, mas, á a partir do segundo, há maior carga de aulas práticas.

     Estágio e trabalho de conclusão de curso são obrigatórios para se formar.

     Confira as Universidades indicadas com os melhores cursos em São Paulo: Universidade de São Paulo (USP); Universidade de São Paulo – São Paulo (FAUUSP); PUC-Campinas; Universidade Mackenzie (Mackenzie); Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Universidade Paulista (UNIP).


Fonte: <http://guiadoestudante.abril.com.br/home/>.

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Prêmio Pritzker 2014 – O Nobel da Arquitetura

     O Prêmio Pritzker é um prémio internacional de arquitetura. Foi criado em 1979 pela Fundação Hyatt, gerida pela família Pritzker, sendo muitas vezes chamado de "o Nobel da arquitetura". É atribuído anualmente ao arquiteto, ainda em vida, que melhor cumpra os princípios enunciados por Marcos Vitrúvio Polião: solidez, beleza e funcionalidade.

     Em 24 de março, foi anunciado o vencedor do Prêmio Pritzker 2014. O eleito é o japonês Shigeru Ban.

(Shigeru Ban)

     Ban vem ganhando destaque desde os anos 1990 por suas obras de baixo impacto ambiental, estruturas leves, feitas de materiais descartáveis e com baixo custo de execução.

(Catedral em Christchurch, Nova Zelândia)

     O arquiteto também é conhecido por atuar em áreas  de catástrofe. Por 20 anos tem viajado o mundo para lugares que sofreram com desastres naturais e/ou humanos como em Rwanda, onde em 1999 construiu abrigos para os refugiados da guerra civil, e em Christchurch, na Nova Zelândia, onde uma catedral de papelão foi construída depois que terremoto destruiu a catedral local, simbolo da cidade.

(Abrigos para refugiados em Ruanda)

     Nesses locais costumam envolver os cidadãos locais, voluntários e alunos para projetar e construir estruturas simples, decentes, recicláveis e de baixo custo e edifícios da comunidade para as vítimas de tais circunstâncias.


Fontes: <http://ciadearquitetura.com/> <http://pt.wikipedia.org/wiki/Prémio_Pritzker>  <http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitrúvio> 


domingo, 17 de agosto de 2014

5 Dicas Para Ser Mais Criativo

     O pensamento criativo é um diferencial importante em praticamente todos os ramos de atuação. A criatividade é uma função altamente sofisticada do cérebro humano, que de tempos em tempos nos surpreende com uma visão diferente, inédita e altamente efetiva sobre determinado problema.


     Segundo o neurologista Leandro Teles (CRM 124.984), formado e especializado pela Universidade de São Paulo: “A solução criativa aflora quando conseguimos driblar os caminhos do raciocínio lógico sequencial. Quando escapamos do óbvio e alcançamos uma visão alternativa, diferente da média da população”.

     A criatividade  resolve elegantemente inúmeros problemas do dia-a-dia. É altamente valorizada social e profissionalmente. O valor o profissional criativo é incalculável, pois a qualquer momento pode surgir uma saída inovadora que poderá render ou economizar dinheiro, tempo e trabalho.

     “Pensar diferente, de forma não ortodoxa, lançar um foco novo sobre um dilema antigo, isso é criatividade. Fazer os outros enxergarem aquilo que sempre esteve diante deles, criar atalhos mentais, surpreender o cérebro alheio gerando a famosa pergunta: como eu não pensei nisso antes? Para isso, devemos desenvolver uma série de modalidades cognitivas, coloca-las em prática e, enfim, colher os frutos”, ressalta o especialista.

     O Dr. Leandro Teles enumera e explica 5 passos fundamentais para quem quer se tornar mais criativo:

1-     DIREITO AO ERRO
     Quem quer ser criativo tem, obrigatoriamente, que se permitir o erro. O que diferencia a ideia genial da absolutamente equivocada é, muitas vezes, um detalhe. O raciocínio lógico e de senso comum é menos fadado ao erro. O criativo arrisca mais, inventa, testa, ousa… com isso paga seu preço: erra bem mais. Fugir do óbvio leva a territórios mais perigosos, mas também muito mais férteis.


2-     MUDAR A VISÃO DO PROBLEMA
     Se quiser ver o que ninguém viu, precisa olhar as coisas como ninguém ainda olhou. Mude a visão do problema! Dê um passo pra trás e olhe tudo de longe, aperte os olhos, desfoque. Se coloque na visão de outras pessoas, brinque de resolver o problema em outros contextos, por exemplo: oque eu faria diante disso se eu fosse milionário? ; e se eu não tivesse um centavo? ; e se ninguém estivesse vendo?  Você vai ver como o cérebro irá traçar caminhos novos e pode surgir um conceito inédito a ser trabalhado.

3-     CONHECER OS CAMINHOS JÁ TRILHADOS
     Não é fácil fugir do lugar comum se não conhecemos o lugar comum. Tentar ser criativo sem determinar o que já foi dito, pensado e sentido sobre o problema é perder tempo. Conhecer as trilhas já abertas ajuda a evita-las, busque criar atalhos, fundir conceitos, condensar. Estude o assunto, sobre vários aspectos, pesquise, não menospreze tudo que já foi feito sobre ele antes. Conhecimento e visão são modalidades fundamentais para as pessoas altamente criativas. É, na verdade, o que diferencia os verdadeiros criadores daqueles que passam a vida reinventando a roda.

4-     DAR LIBERDADE AO CÉREBRO
     O raciocínio criativo precisa do cérebro apto a alçar voos livres e complexos. O cérebro humano é fruto de genética, vivência e contexto. A genética é imutável, cada um nasce com um potencial criativo. Mas a vivencia e o contexto estão em nossas mãos! Alimente-se que experiências novas, diferentes, inusitadas. Conheça pessoas, culturas e artes em todas as suas formas. Seja uma esponja de soluções criativas. Liberte seu cérebro na hora de resolver o problema, pense na solução, mas também a deixe brotar em contextos anedóticos.  O cérebro inconsciente não para de buscar soluções em momento algum. Saia do escritório, afrouxe a gravata, medite, corra na praia, aguarde a resposta olhando uma lagoa em um dia ensolarado, entre outros… A resposta não tradicional surge, muitas vezes, em momentos não tradicionais. O repouso e o sono também são fontes criativas. Quem nunca dormiu pensando em um problema e acordou com a solução na cabeça? Friederich Kekulé, químico alemão, em 1865, sonhou com uma cobra tentando engolir o próprio rabo e, no dia seguinte, descreveu a estrutura do anel benzênico.

5-     ENTENDA E USE A INTUIÇÃO
     Sexto sentido, intuição, o que tem de ciência nisso? Tudo. O que chamamos de intuição é um tipo peculiar de raciocínio dissociado de linguagem. Surge um conceito meio pronto sem o rastro da lógica. Não dá pra argumentar, explicar, traçar a linha que justifica a conclusão. Ela aflora geralmente de divagações do hemisfério Direito (uma vez que a linguagem fica geralmente no hemisfério Esquerdo). Não a menospreze, nem dê a ela ares de magia e misticismo sem credibilidade. A intuição é função cerebral guiada por experiências nem sempre conscientes, por memórias impressas nas profundezas do nosso cérebro. Pessoas criativas exercitam, valorizam e expressão suas intuições. Dê vazão, com bom senso, a suas sensações pouco ancoradas na lógica e na razão.


Fonte: <http://44arquitetura.com.br/> 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Significado do Símbolo da Arquitetura

O compasso e o esquadro

     Ao falar da Arquitetura, indicamos a importância que tem a forma do cosmo físico como modelo no qual se inspiravam os antigos construtores para a edificação dos recintos sagrados e das moradias humanas. E entre os principais instrumentos utilizados para tal fim destacamos o compasso e o esquadro. Ambos são os símbolos respectivos do Céu e da Terra, e assim os contempla em diversas tradições, ou mais precisamente, iniciações, como o Hermetismo, a Maçonaria e o Taoísmo. O círculo ao qual desenha o compasso, ou seu substituto a corda, simboliza o Céu, porque este efetivamente tem forma circular ou abobadada, qualquer que seja o lugar terrestre de onde o observe. Por sua vez, o quadrado (ou retângulo), que traça o esquadro, simboliza a Terra, quadratura que lhe vem dada, entre outras coisas, pela “fixação” no espaço terrestre dos quatro pontos cardeais assinalados pelo sol em seu percurso diário. Além disso, a Terra sempre foi considerada como o símbolo da estabilidade, e a figura geométrica que melhor lhe corresponde é precisamente o quadrado, ou o cubo na tridimensionalidade.

     Para a Ciência Sagrada, o compasso designa a primeira ação ordenadora do Espírito no seio da Matéria caótica e amorfa do Mundo, estabelecendo assim os limites arquetípicos deste, quer dizer, criando um espaço “vazio”, apto para ser fecundado pelo Verbo Iluminador ou Fiat Lux. Na Gênese bíblica, a separação das “Águas Superioras” (os Céus) das “Águas Inferiores” (a Terra) deu nascimento ao cosmo, cuja primeira expressão foi a criação do Paraíso, que como se sabe tinha forma circular. A este respeito se diz nos textos hindus: “Com seu raio (rádio) mediu os limites do Céu e da Terra”, e nos Provérbios de Salomão, pela voz da Sabedoria se diz: “quando (o Senhor) riscou um círculo sobre a face do abismo…”. Igualmente em um quadro do pintor e poeta inglês William Blake, vê-se o “Ancião dos Dias” (o Arquiteto do Mundo) com um compasso na mão desenhando um círculo.

     O compasso é, pois, um instrumento que serve para determinar a figura mais perfeita de todas, imagem sensível da Realidade Celeste, que é precisamente o que está simbolizando a cúpula ou abóbada do Templo. O compasso é o emblema da Inteligência divina, do “Olho de Deus” que reside simbolicamente no interior do coração do homem, a luz do intelecto superior que dissipa as trevas da ignorância e nos permite acessar o interior do sagrado. Por isso mesmo, o conhecimento da “ciência do compasso” implica uma penetração nos arcanos mais secretos e profundos do Ser. Entretanto, o conhecimento plenamente efetivo desses mistérios seria tal a culminação, se assim pode se dizer, do próprio processo da Iniciação.

     Mas no momento de pôr “mãos à obra”, a casa não se começa pelo telhado. O trabalho começa por baixo, em definitivo pelos alicerces, pelo conhecimento das coisas terrestres e humanas. Aqui entra em função a “ciência do esquadro”, tão necessária para riscar com ordem e juízo os planos de base do edifício e seu posterior levantamento, dando-lhe a estabilidade e comprovando o perfeito talhado das pedras que servirão de suporte e fundamento à abóbada, teto ou parte superior.

     No trabalho interno é imprescindível, para que este siga um processo regular e ordenado, “enquadrar” todos nossos atos e pensamentos na via assinalada pela Tradição e pelo Ensino, separando o sutil do grosseiro. É isto precisamente o que assinala o Tao-Te-King: “Graças a um conhecimento convenientemente enquadrado, caminhamos sem dificuldades pela grande Via”. Recordaremos, neste sentido, que em latim esquadro também se diz “norma”, que é também uma das traduções da palavra sânscrita dharma, a Lei ou Norma Universal pela que são regidos todos os seres e o conjunto da manifestação cósmica. Poderíamos então dizer que o esquadro é o compasso terrestre, posto que não é mais que a aplicação na terra e no humano dos princípios e ideias simbolizados pelo compasso.

     Desde outro ponto de vista, o trabalho com o compasso e com o esquadro sintetiza igualmente todo o processo alquímico da consciência, do que a edificação e construção não são mais que símbolos. Por isso que em alguns emblemas hermético-alquímicos se vê o Rebis, ou Andrógino primitivo, sustentando em suas mãos o compasso e o esquadro, quer dizer, reunindo na natureza humana as virtudes e qualidades do Céu e da Terra, harmonizando-as em uma unidade indissolúvel.

Porque o símbolo da maçonaria e da arquitetura é igual?

     Porque a Maçonaria toma por modelo as guildas ou corporações medievais de pedreiros e arquitetos e faz de seus obreiros construtores sociais, ou seja, homens que trabalham para aperfeiçoar a sociedade. Os maçons, como construtores sociais, tiram e guardam na memória os ensinamentos maçônicos através dos símbolos. Os instrumentos usados na construção civil conferem às paredes, vigas e tetos certas características físicas necessárias à resistência e utilidade dos edifícios. Para os maçons, os mesmos instrumentos lembram e relembram as mesmas características, só que do ponto de vista moral. Por exemplo: O compasso serve, na construção, para tomar medidas corretas e exatas. Para o Maçom, ele representa a correção e a exatidão que deve reger os seus atos. Como se trata de objetos comuns, os símbolos maçônicos podem aparecer em muitos lugares, sem, contudo, ter nenhuma ligação com a Ordem.


Fontes: <http://www.caudf.org.br/portal/index.php/m-institucional/m-apresentacao/m-simbolos.html> <http://www.noesquadro.com.br/2011/10/letra-g-na-maconaria.html>.